PUBLICAÇÃO INDEPENDENTE | COMO SE AUTOPUBLICAR?

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PUBLICAÇÃO INDEPENDENTE | COMO SE AUTOPUBLICAR?

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Você já sonhou em ter seu livro publicado por uma grande editora? Todo escritor sabe que é bem difícil, mas hoje temos diversas outras opções de publicação sendo um autor independente. Vamos ver quais são.

Prefere assistir o conteúdo? O texto do post continua logo abaixo o vídeo.

Você quer viver da sua escrita e a primeira coisa que pensa é “Preciso ser publicado por uma grande editora”. Mas aí vem a realidade. É difícil chamar atenção dessas editoras, não basta apenas ter um bom original.

Aí você decide pela outra opção:

A Publicação Independente

A Publicação Independente é todo formato de autopublicação do autor, ou seja, sem que uma editora decida se você será ou não publicado.

Esse formato permite que você explore gêneros e formatos que as grandes editoras não costumam apostar, além de você ter liberdade para escrever a trama que quiser da maneira que quiser.

Exatamente por ter essa liberdade, voz e, claro, mais royalties, muitos escritores acabam optando pela autopublicação sem sequer cogitar enviar seus originais para grandes editoras.

Apesar de ainda debatermos o valor da autopublicação, nem de perto ela é algo dos dias de hoje. Muitos grandes autores iniciaram nesse formato e nós nem imaginamos. Dois ótimos exemplos são Carlos Drummond de Andrade e Oswald de Andrade que apesar de serem referência na literatura nacional hoje, precisaram pagar para publicar suas obras.

A autopublicação é tão comum que nos Estados Unidos existe até um termo para editoras que publicam com o pagamento do autor: elas são conhecidas como “Vanity Press”.

Mas quais os reais Benefícios da Publicação Independente?

1. O livro é todo seu

Você é seu próprio chefe e não precisa do aval de ninguém para colocar seu sonho em páginas. Na publicação independente não é necessário ser descoberto ou esperar que alguém diga “sim” para a história que você quer contar. Basta escrevê-la e publicá-la.

Assim, você também tem total controle sobre a história. Não precisa se adequar a nenhuma política editorial ou necessidade mercadológica. Você tem liberdade criativa total.

2. Pode ser grátis

Não vou falar simplesmente que é gratuito se autopublicar, afinal logo veremos que existe mais de uma forma de autopublicação. Então prefiro dizer que publicar de forma independente PODE SER GRÁTIS.

Publicar um livro exige diversas etapas, não é apenas escrever. Se a ideia é fazer tudo de forma gratuita, você será responsável por editar, revisar, diagramar, fazer a capa, publicar em alguma plataforma digital e trabalhar as vendas.

Caso você não consiga realizar todas essas etapas por si mesmo, você pode pagar profissionais específicos conforme sua necessidade e diminuir o investimento na publicação. Tudo depende de você.

3. Você lucra mais

Editoras são empresas enormes e precisam lucrar muito com a venda dos livros. Assim, você acaba ficando com uma parte muito pequena das vendas. Algo entre 8% e 10% dos royalties do preço de capa.

Já na autopublicação, você consegue entre 30% e 70% do valor da venda. Isso quando você não imprime seus próprios livros e decide o valor que o venderá, tendo 100% do lucro. Mais uma vez, tudo depende de você.

4. Mais ágil

Assim que você encerrar as etapas que falei, você pode publicar em alguns cliques ou alguns telefonemas e logo terá seu livro publicado de forma digital ou impressa. Se fosse para uma editora seriam meses e meses de trabalho, idas e vindas, até você finalmente ver seu livro em uma livraria.

ONDE POSSO ME AUTOPUBLICAR?

Existem diferentes formatos de publicação independente.

Financiamento coletivo

Como falei, você pode se autopublicar sem gastar nada, mas talvez queira contratar profissionais para fazer um trabalho mais profissional e queira imprimir o livro ao final. Se esta é sua vontade, e você não tem o dinheiro para investir, o Financiamento Coletivo pode ser sua solução.

Neste modelo, você cria um orçamento com todos os seus gastos, analisa as taxas do site de crowdfunding, vê quais brindes irá dar para cada tipo de apoio e vê o quanto terá que arrecadar para que cubra todos os seus gastos e ainda tenha lucro (caso você queira lucro).

Assim você já pode criar sua campanha e publicá-la online em alguns dos diversos sites de Financiamento Coletivo que existem.

Nem todos têm as mesmas regras e é importante ficar atento a todos os detalhes para não acabar tendo custos além do imaginado e as informações que mais variam entre os diferentes sites são tempo de campanha, lucro sobre o valor do financiamento, Modelos de campanha e necessidade de recompensar os apoiadores.

O modelo mais comum de campanha é o “Tudo ou Nada”, ou seja, o projeto só acontece caso você arrecade todo o valor estipulado até a data limite. Caso contrário, o dinheiro retorna para os apoiadores.

Entre os sites mais comuns para esse tipo de estratégia estão o Catarse, Kickante e Apoia.se.

Editora-publicadora

Essas editoras funcionam como as Vanity Press que falei no início. Diversas editoras oferecem esse serviço aqui no Brasil. Durante a Trilogia da Escrita, o evento da Tellers que aconteceu em junho, até falamos com o Rodrigo Fonseca da editora Alarde sobre esse formato.

Nesse modelo as coisas podem variar. Existem editoras que oferecem pacotes com edição, design, impressão e marketing, outras que não fazem divulgação, apenas editam e imprimem. Isso varia de editora para editora.

Gráficas

Aqui como você já deve imaginar, é só a impressão e, no máximo, a diagramação, do seu livro. Se sua intenção é ter o livro impresso e fazer todo o resto por conta essa pode ser uma boa alternativa.

Agora o formato mais comum e utilizado para publicação independente:

Digital

Os ebooks trouxeram a democratização da publicação. Você pode fazer tudo por conta e não gastar um centavo e ter ganho de até 70% do valor da venda.

Dentro da autopublicação digital existem diversas plataformas que você pode usar.

Kindle Direct Publishing

A plataforma mais utilizada por escritores independentes e que leva sua obra direto para a biblioteca da Amazon. Ela tem um sistema próprio de diagramação que é bastante intuitivo. O sistema da Amazon facilita bastante a busca pelas obras e cria até a página para o autor, caso ele queira reunir tudo dentro do seu próprio perfil. Aqui você pode receber até 70% de royalties.

Clube de Autores

Pioneira em autopublicação no Brasil permite a venda de livros digitais e impressos, e até editoras utilizam a plataforma para aumentar a penetração de seus livros no mercado. Uma plataforma bem legal para oferecer seus livros.

E-galáxia

Ela reúne escritores com profissionais do mercado editorial conforme a necessidade de cada projeto. É como um banco de freelancers pré-selecionado para tornar o seu livro realidade. O site também distribui sua publicação impressa em lojas online brasileiras.

Por falar em lojas on-line, temos o sistema da Saraiva, o Publique-se! – Nela você tem seu ebook vendido direto no site da livraria e pode receber até 35% de royalties.

Se sua ideia é ser mais global, você pode buscar a Google Play Livros ou o Apple Books –

Para a Google Play você necessita ter uma conta Google, aí é só fazer upload do arquivo PDF ou EPUB e pode receber até 70% de royalties.

Na Apple Books: Para publicar na biblioteca da Apple, basta ter uma conta de iTunes e diagramar seu livro pelo Pages. Com isso, você já tem a possibilidade de colocar seu livro à disposição de todos os usuários do iOS.

Mas vale a pena publicar em plataformas digitais?

Segundo os dados, sim.

Um estudo da Nielsen, em 2020, mostrou que o conteúdo digital representa 4% do mercado editorial brasileiro e, nas grandes editoras, os e-books configuram 7% do faturamento. Ou seja, o digital está com força.

Específico sobre as plataformas de autopublicação temos o resultados do Clube de Autores de 2020.

Foram 15 mil livros publicados, 18% a mais em relação a 2019. Houve aumento de 40% no número de exemplares vendidos, com um lucro em torno de R$ 8 milhões.

A Amazon Brasil já conta com mais de 100 mil obras publicadas no país e entre as 100 mais vendidas pelo e-commerce, 30% delas são livros digitais de autopublicação pelo KDP, ou seja, de autores independentes.

Mas caso você queira apenas o formato físico, uma última sugestão de plataforma de autopublicação, apesar de não ser bem uma plataforma, mas mais uma maneira de financiar sua autopublicação:

Leis de Incentivo à Cultura

Assim como filmes são aprovados em leis e recebem recursos, o seu livro também pode. Você pode buscar a Lei de Incentivo a Cultura do Governo Federal, conhecida como Lei Rouanet, ou ir atrás de leis e incentivos Municipais e Regionais de onde você mora.

Nessa modalidade, você desenvolve um projeto, inscreve na lei e, caso aprovado, busca empresas e pessoas que patrocinem seu projeto. Normalmente esse patrocínio é feito através de porcentagem do Imposto de Renda e ICMS, dependendo da lei.

Para atrair esses patrocinadores você aí cria uma série de contrapartidas que eles podem receber em troca de investir no seu projeto. Não é algo fácil conseguir patrocinadores, mas é outro modelo de autopublicação que pode dar certo e é bastante utilizado.

Eaí, ficou alguma dúvida sobre publicação independente? Você já publica suas histórias em algum lugar? Me conta aqui nos comentários ou deixa o link da sua história se for uma publicação digital.

Uma boa escrita e uma ótima autopublicação!

Caso você esteja buscando se desenvolver como escritor, conheça o Curso de Escrita Literária da Tellers.

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