O ISBN é o International Standard Book Number, ou em português: Padrão numérico Internacional de Numeração de Livro. É uma espécie de “RG” da publicação. Ele é como um código de barras que vemos em produtos do supermercado, mas tem a função de identificar e individualizar livros segundo título, autor, país, editora e número de edição. O ISBN serve também para ser utilizado como código de barras do livro. Assim, facilita na hora da venda.
Apesar de não ser obrigatório, ele confere autoridade e credibilidade para a obra. Além disso, somente com ele é possível fazer o cadastro e comercialização de um livro em livrarias físicas e digitais do Brasil e do mundo.
Garanta seu ISBN
Esse padrão é reconhecido e padronizado internacionalmente, sendo referência mundial na identificação de livros e outros tipos de publicação. Sua maior vantagem é permitir a recuperação de informações sobre uma determinada publicação de qualquer parte do mundo.
Para quem deseja publicar fora do país, possuir um ISBN é fundamental!
Mas como surgiu esse código tão importante? Bom, segundo a Câmara Brasileira do Livro, tudo começou em 1966, quando houve, em Berlim, a primeira discussão sobre a necessidade e a viabilidade de um sistema internacional de numeração para livros.
Com o objetivo de facilitar esse processo, vários editores, distribuidores e livreiros europeus discutiram como usar computadores para facilitar o trabalho e deixar de lado o cadastramento e controle de venda e estoque dos produtos de maneira analógica. Logo, definiram que o melhor jeito para essa organização seria através de um número de identificação único e simples para cada publicação.
No ano seguinte, em 1967, o International Standard Book Number foi desenvolvido a partir de um código de numeração de livros e introduzido no Reino Unido por J. Whitaker Sons.
As primeiras agências internacionais para a implementação do padrão em países fora da Europa e dos Estados Unidos começaram a serem criadas em 1971 e em 2005 já estava presente em mais de 160 países, incluindo o Brasil.
Na realidade, dentre os países da América Latina, o Brasil foi um dos pioneiros na adesão à numeração internacional padronizada para livros, implantando em 1978 a primeira Agência Brasileira do ISBN no país.
Inclusive, quem cuidava do ISBN no Brasil era a Biblioteca Nacional, mas desde março de 2020, a Câmara Brasileira do Livro se tornou responsável por todos os serviços de registro.
Agora vamos falar das obras que o recebem. Basicamente livros, monografias, relatórios públicos, anais, seminários, encontros, mapas e publicações em braile são algumas das obras que recebem o código que hoje tem 13 dígitos.
O quê significa os treze dígitos de um ISBN?
Primeiro vamos visualizar os códigos.
Começando pelo Código GTIN. Ele é representado pelos três primeiros dígitos do ISBN. Esses números são representados pelo GS1, gerenciador de código de barras de produtos. Atualmente, o prefixo 978 é utilizado pelo mercado editorial.
Os próximos dois números representam o Grupo registrante. Esse elemento identifica o país, a região geográfica ou a área de idioma participante do sistema ISBN.
No Brasil, o número 85 era o mais utilizado. Porém desde 2018, por conta da necessidade de expandir as combinações, o sessenta e cinco passou a ser utilizado também.
Os próximos cinco números, representam o Elemento registrante. Ele identifica o editor ou uma marca particular em um grupo de registro.
Agora, temos a Publicação. Ela identifica a edição especial de uma publicação por um editor específico.
Por fim, temos o último número, denominado Dígito de controle. Aqui, este elemento garante que o ISBN seja único e exclusivo.
Mas, afinal, será que precisamos mesmo adquirir um ISBN? A resposta é não. Pelo menos, para publicar seu livro, você não precisa ter um ISBN. Porém, como eu disse anteriormente, possuir um ISBN garante credibilidade e autoridade para a publicação. Além disso, se você deseja ganhar dinheiro com os teus livros, é aconselhável obter um código do ISBN. As vendas alcançam um potencial maior quando o livro possui o padrão de treze dígitos.
Além disso, segundo a Câmara Brasileira do Livro, possuir um ISBN garante as seguintes vantagens:
- O ISBN substitui o tratamento de longos registros descritivos bibliográficos, economizando tempo e custos com a equipe e reduzindo os erros de cópia.
- O uso correto do ISBN permite que as diferentes formas e edições de produtos de um livro, impressas ou digitais, sejam claramente diferenciadas, garantindo que os clientes recebam a versão correta.
- O ISBN facilita que as obras sejam encontradas com maior agilidade.
- Algumas gráficas costumam deduzir impostos relativos ao custo de determinados tipos de papel para livros que possuem ISBN, barateando assim as despesas de impressão.
- O ISBN é necessário para o funcionamento de sistemas eletrônicos de ponto-de-venda em livrarias.
- Muitos sistemas de publicação e cadeia de suprimentos são baseados no ISBN.
- O direito de empréstimo nacional em alguns países é baseado no ISBN. Tais esquemas permitem que autores e ilustradores recebam pagamentos proporcionais ao número de vezes que seus livros são emprestados por bibliotecas públicas.
- Muitas livrarias, inclusive online, aceitam apenas livros com ISBN. Ou seja, você terá mais oportunidades de venda e lucro tendo o registro.
Para adquirir o seu ISBN, acesse o site da CBL. Nele você consegue informações complementares sobre como tirar o registro e os valores e prazos atualizados para cada tipo de serviço.
Ficou com alguma dúvida sobre o registro do ISBN e sua importância? Deixe seu comentário para continuarmos te ajudando. Uma ótima escrita e registro para ti e até o próximo post. Até mais!