Início, meio e fim. Introdução, Desenvolvimento, Conclusão. Ato 1, Ato 2 e Ato 3. Quantas vezes você já não viu essa nomenclatura? Você sabe como essa estrutura surgiu, o que ela contém e quais seus benefícios para sua história? Veja o que é e como usar a Estrutura de 3 atos.
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Você estrutura sua história antes de escrever?
É comum pensar tanto no que se vai escrever que parece que já está tudo pronto para ir para o papel. Mas assim que se começa, logo se veem os problemas de não ter refletido nos detalhes da estrutura.
Sem ela é possível acabar se perdendo da ideia inicial ou dos pontos que se gostaria que fossem abordados durante a trama.
A Estrutura de 3 Atos
A estrutura de 3 atos surgiu com Aristóteles há mais de 2 mil anos. Ele se propôs a analisar as peças apresentadas nos anfiteatros gregos e reuniu os elementos que se repetiam em seu livro A Poética.
No paradigma da estrutura, Aristóteles dividiu uma obra em prólogo, episódio e êxodo e isso se tornou o que hoje chamamos de início, meio e fim.
Com a evolução do estudo das histórias, teóricos nomearam essas divisões de atos e assim se tornaram em: Ato 1 – Apresentação; Ato 2 – Confronto; e Ato 3 – Resolução.
Ato 1 – Apresentação
Nele se dá a introdução do mundo e da personagem. Essa apresentação de mundo e personagem não é apenas contar o que se vê ou onde se está, mas mostrar o cotidiano da personagem nesse mundo para situar o leitor como e onde ela se encontra.
No ato 1 a personagem passa por uma mudança que mexe em seu mundo. Sempre existe algum tipo de confronto físico ou uma mudança social e algum dilema psicológico que faz com que a personagem questione o seu mundo atual e a si mesma para a evolução da trama.
Ato 2 – Confronto
Aqui iniciam todos os conflitos proporcionados pelas mudanças sofridas no ato 1. A personagem precisa se adequar ao seu “novo mundo”, aprendendo a como lidar com seu ‘novo eu’ nesse local.
Nesse ato a personagem passa por uma grande provação que a leva a se reconhecer como parte integrante daquele novo mundo e abandona suas dúvidas iniciais.
Ato 3 – Resolução
Após essa provação e aceitação, chega-se ao terceiro Ato. Nele, a personagem já está decidida pela mudança que fez e se aceita nesse novo mundo em que agora faz parte.
Essa aceitação só é possível após tudo que ela passou durante a história, pois a personagem no mundo comum do ato 1 seria incapaz de fazer o que fez até aqui. Talvez por medo ou por falta de alguma habilidade.
Apesar dessa aceitação, há uma última provação para que ela sofra sua transformação final. Esse é o clímax da história. Mas quase nenhuma história acaba na resolução do clímax, então logo após ocorre a apresentação das consequências dos acontecimentos e todas as conclusões sobre a personagem em seu novo mundo e seu novo “eu”.
Preciso seguir a Estrutura de 3 Atos?
Apesar de auxiliar a história, tem quem não goste de seguir estruturas. Esses escritores dizem que elas cortam sua liberdade criativa. Mas apenas conhecendo algo que você poderá quebrá-lo. Antes disso a liberdade criativa é apenas uma batalha contra um inimigo desconhecido. E você ainda corre o risco de sofrer de bloqueios criativos e quedas em clichês.
A estrutura de 3 atos, apesar de muito empregada, é apenas uma das maneiras de se estruturar uma história, além de ser a mais utilizada. Mas a intenção não é usá-la de forma cega e fixa. O importante é conhecê-la e ver o que se pode tirar de benéfico para sua história.
Aprendendo sobre ela, você acaba aprendendo sobre Pontos de Virada e assim começa a pensar mais sobre a evolução da trama, pensando o que pode ocorrer em cada momento da sua história.
Esse conhecimento lhe garante um ótimo resultado na construção da sua narrativa.
Você utiliza a Estrutura de 3 Atos para pensar sua história? Acha que ela corta sua criatividade? Me conte nos comentários a sua opinião.
Até o próximo post e uma boa estruturação!
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